Wednesday, June 08, 2005

Automitografia (I)

Este já foi publicado em dois ou três blogs. O pessoal diz sempre que é um pouco grande.
Como é óbvio tinha de o publicar aqui, foi escrito para um trabalho ou como trabalho para História das Ideias.
Neste momento dedico-o ao Mário Gil que um dia leu umas linhas e pediu-me para o ler todo. Eu não o tinha comigo na altura e por isso, esperando que ele o leia aqui (Mílton, dá-lhe o link) posto-o aqui. E por capítulos!

Vós que nasceis de ventre humano, dai graças! Pelo quê? Têm um mínimo de liberdade nas vossas vidas, enquanto eu……
Não nasci de ventre, mas de intelecto humano ou se quiserem da ponta de uma pena. O meu nome? O meu pai era um génio, actualmente é mesmo considerado um clássico. Tal como eu, mas…Não tive a “sorte” de “nascer” como personagem de uma comédia ou algo mais leve, meu pai e criador concebeu-me de uma forma mais altiva: «Chamar-te-ás Romeu, e serás personagem de uma tragédia, aí terás de sofrer por amor, mas serás recordado para sempre com carinho e respeito, tal como eu, (espero)». As palavras foram mais ou menos estas, desculpem-me os puristas mas a idade pesa e a memória enfraquece.
Mas comecemos, parte da minha história já vós conheceis e é a única coisa que normalmente sabeis de mim, é o que vos interessa, o resto é…a minha outra vida, uma delas, pelo menos!
Já que perguntam são três!
Uma, é a anterior à peça, ou seja tudo o que vivi que não interessava ao ávido público de teatro; a segunda, todos os que leram a peça conhecem; a terceira é aquela vivida aqui, neste local a que me habituei a chamar de limbo literário. Mas avancemos que terei oportunidade de falar um pouco dessas três vivências.

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