Gostava de te dizer pessoalmente o que sinto. Sonora e arrebatadamente. Mas tenho medo do tom de voz, e de ser mais ou menos espalhafatoso.
Todo eu tremo cada vez que olhas para mim. Gostava de ser dono dos teus olhos. De entrar dentro da tua alma, de te conhecer mais intimamente.
De antecipar cada palavra, cada sopro, cada suspiro. Acho que já o faço, mas dissimulo. Tenho medo da tua reacção. De te ouvir dizer “que não”, “afasta-te” ou “estás louco(?)”. E estou, imensamente louco por ti.
É loucura, é paixão, e amor. Três coisas diferentes. Mas que se juntaram para dar cabo da minha sanidade.
Há pouco entraste na sala. Com aquele sorriso tímido, mas belo. Um ar humilde, quando podias ser petulante. Os olhos negros, nessa escuridão não teria medo de entrar. Esse olhar sereno enlouquece-me. Pouco a pouco. Sorriste-me, como sempre sorris. E perdido, encontrei-me.
Aceita esta carta. Responde-me. Não, não respondas. Ou melhor…
Não sei se alguma vez ela chegará a ti. Vê como me deixas. Perdido, com medo de me encontrar. E gostava que fosses o meu ponto cardeal, mas tenho medo da viagem. De não chegar a bom porto. Medo que tu sejas a tempestade que me destrói e não o suave porto que me acolhe.
Amo-te. Menos do que poderei. Mais do que consigo suportar e, essencialmente, calar.
Tímido demais para gritar ao mundo, amo-te. Grito-o aqui, nesta folha de papel. Só para ti.
És senhora da minha voz.
Amo-te.
E tu?
Todo eu tremo cada vez que olhas para mim. Gostava de ser dono dos teus olhos. De entrar dentro da tua alma, de te conhecer mais intimamente.
De antecipar cada palavra, cada sopro, cada suspiro. Acho que já o faço, mas dissimulo. Tenho medo da tua reacção. De te ouvir dizer “que não”, “afasta-te” ou “estás louco(?)”. E estou, imensamente louco por ti.
É loucura, é paixão, e amor. Três coisas diferentes. Mas que se juntaram para dar cabo da minha sanidade.
Há pouco entraste na sala. Com aquele sorriso tímido, mas belo. Um ar humilde, quando podias ser petulante. Os olhos negros, nessa escuridão não teria medo de entrar. Esse olhar sereno enlouquece-me. Pouco a pouco. Sorriste-me, como sempre sorris. E perdido, encontrei-me.
Aceita esta carta. Responde-me. Não, não respondas. Ou melhor…
Não sei se alguma vez ela chegará a ti. Vê como me deixas. Perdido, com medo de me encontrar. E gostava que fosses o meu ponto cardeal, mas tenho medo da viagem. De não chegar a bom porto. Medo que tu sejas a tempestade que me destrói e não o suave porto que me acolhe.
Amo-te. Menos do que poderei. Mais do que consigo suportar e, essencialmente, calar.
Tímido demais para gritar ao mundo, amo-te. Grito-o aqui, nesta folha de papel. Só para ti.
És senhora da minha voz.
Amo-te.
E tu?
(carta de amor escrita para um concurso da Bertrand, mas nunca enviada)
5 comments:
Se recebesse uma carta destas era eu que tremia e me sentia arrebatada
p.s.: devias tê-la enviado para o concurso
Lovely
quase que me fizeste chorar...e estou a falar a sério!!!!!
porque não enviaste?
quase que me fizeste chorar...e estou a falar a sério!!!!!
porque não enviaste?
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